Conheça um pouco da geometria sagrada nas obras de Gramaloka

Nascido em Belo Horizonte (MG),  Gramaloka Gonzales desde pequeno, antes mesmo de adotar esse nome, se envolveu e se desenvolveu na arte. Ainda era moleque na escola, na década de 90, quando começou a ter  contato com o Grafitti. Dali para frente, à medida em que crescia, ouvindo as pessoas adultas ao seu redor dizerem que era bom naquilo, Gramaloka nunca mais parou, seguiu desenhando e aos poucos foi realizando trabalhos diversos de pintura, letreiros em lojas e outros trabalhos comerciais.

Para ele a arte é uma extensão de si mesmo. “A arte é da natureza humana, sabe? Faz parte de nós, faz parte de tudo. Eu sempre me percebi junto da arte. Não consigo pensar em mim separado da arte, não vejo um momento em que eu comecei a me interessar, sinto que eu sempre estive explorando isso” contou.

Por volta de 2005,  começou a fazer tatuagem, e a partir de então essa é sua principal atividade. Além de também se dedicar  à música, em algum momento, em seus estudos espirituais em busca do autoconhecimento e do conhecimento do mundo, encontrou dentre outras filosofias, o budismo. Ali se conectou fortemente com a arte da geometria sagrada e das mandalas. Ao longo do tempo isso foi sendo incorporado também em suas formas de fazer arte, e hoje seus trabalhos, tanto de tatuagem como de pintura, estão entrelaçados e são desenvolvidos através da linguagem da geometria sagrada.

Definir um estilo para ele é um pouco complicado, pois acredita ser um artista que está o tempo todo transitando entre os estilos e constantemente desenvolvendo e modificando o que faz. “Mas basicamente nas minhas obras, busco partir do tradicional, das artes dos povos originários, para depois ir transformando a partir do meu ponto de vista. Gosto muito de geometria sagrada e de mandala, esses são elementos que estão sempre presentes nos meus trabalhos, tanto nas pinturas como nas tatuagens.”

Gramaloka vem desenvolvendo esse trabalho há oito anos. E em todos os processos tenta seguir um caminho bem intuitivo. “No início, meu trabalho era mais simples, ao longo dos anos fui desenvolvendo e buscando novas maneiras de expressar. Algumas técnicas eu acabo desenvolvendo na hora usando a ferramenta que eu tenho, de acordo com a necessidade e identidade de cada lugar. Como no projeto que eu realizei antes da pandemia na praça da Juventude em Santa Luzia (MG), que é um trabalho com uma proporção que eu nunca tinha feito, mas lá na hora eu usei o que eu tinha, tanto de ferramentas quanto de ideias e acabou fluindo” disse ele.
Sendo assim, ele quer pintar não só paredes, mas outras superfícies, com diferentes desafios e maneiras de execução. Na rua, nas praças, nas casas, em lojas. Procurando alimentar essa versatilidade nos seus trabalhos e podendo estar em todos os ambientes. Isso lhe faz seguir aprendendo sempre. 

Seu processo de criação parte do simples, seguindo uma direção. “Se for uma tatuagem, eu troco uma ideia com o cliente, a gente chega num consenso aí parto de uma ideia e a materializo. Quando é uma pintura, geralmente os clientes que me procuram me deixam bem livre para criar, então eu costumo seguir de maneira bem fluida mesmo, não sigo muito uma programação, vou criando e vai acontecendo o que tem que acontecer. A não ser quando estou trabalhando em collab com algum artista, que aí desenvolvemos um layout antes pra realizar o projeto.”

Apesar de manter uma carreira sólida na arte, Gramaloka também passou por dificuldades no começo de sua carreira, o que é uma característica comum para muitos artistas brasileiros. Segundo ele, um dos motivos para se deve a arte não ser vista no Brasil como algo essencial na vida das pessoas. Mas apesar disso, ele nunca se deixou abater, continuou trabalhando e focado no seu trabalho.

“A arte fez eu ser o que eu sou hoje. Nada do que eu fiz teria acontecido se não fosse o meu trabalho. Sem a arte eu não seria quem sou, o que sou, como sou, e até mesmo o que não sou. Pra mim, sem a arte não tem vida” confessou.

Gramaloka quer continuar fazendo o que faz até ficar velho, sem perder o desejo de melhorar. Pois espera que sua arte esteja em contato com mais e mais pessoas. Como ele se inspirei em alguém, gostaria de inspirar as pessoas. Ele acredita que pelo fato das mandalas serem um trabalho intuitivo elas reverberam essa conexão nas pessoas. E ele promete pintar a maior mandala do mundo.

Confira a mensagem que ele deixou para os nossos leitores:

“Viva a arte! Sinta a arte. Contemple. Viver é arte e o Amor é a resposta.”

Contatos do artista Gramaloka:

https://linktr.ee/gramaloka

Mural feito por Gramaloka Gonzalles and Hyper

Mural feito pelos artistas Gramaloka Gonzalles e Hyper em Campo Grande.

Mural feito pelos artistas Gramaloka Gonzalles e Junior Mudof em Taguatinga/DF.

Mural por Gramaloka Gonzalles e Matheus

Arte mural por Gramaloka Gonzalles e Hyper

Fonte: Gramaloka Gonzales

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