Artista plástico Hely Costa e suas artes incríveis

INÍCIO

Hely Costa é artista plástico com formação acadêmica e experiência reconhecida. Graduado em Desenho e Plástica e Pós-graduado em Ensino e Pesquisa no Campo da Arte e da Cultura pela Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), começou seus trabalhos nas artes visuais nos anos 80 e aprendeu a técnica do Graffiti quando adolescente. “Nessa época, conheci  o Graffiti e, daí por diante, sempre busquei informações sobre essa arte encantadora. Estudei artes plásticas com um renomado artista Belorizontino e aprendi muitas coisas bacanas sobre a história da arte, em particular o Renascimento, e foi aí que surgiu meu interesse pelo realismo” contou.

Em 2003 criou um projeto sociocultural intitulado Arte Favela que tem como proposta incentivar jovens de vilas e favelas com o universo da arte. Seu trabalho, como artista plástico e muralista, é inspirado na memória da cultura mineira. O uso variado de cores e ilustrações realistas, com destaque ao olhar dos personagens com relação ao apreciador, contrasta com adornos do Congado Mineiro. As histórias e vivências de diferentes pessoas são expressas nos seus trabalhos, tendo como impulso a observação do cotidiano, hábitos culturais e o olhar estético em relação às comunidades e seus costumes.

Hely acredita que a arte no Brasil sempre será um desafio para quem quer viver de arte. “Talvez pela dificuldade ao acesso à bens culturais ou, até mesmo, as pessoas banalizarem a arte e a cultura como forma de entretenimento e não como um processo criativo que requer muita dedicação, estudo e conhecimento” disse. Além de artista, ele se tornou empreendedor artístico-cultural. Esse foi o caminho encontrou para não abandonar a arte, e ao mesmo tempo viver exclusivamente da sua arte.

ESTILO E TÉCNICA

Seu trabalho é inspirado na memória das comunidades e da cultura mineira. Suas obras são marcadas por cores e ilustrações realistas, com destaque ao olhar dos personagens com relação ao apreciador, contrastando com adornos do Congado Mineiro. As histórias e vivências de diferentes pessoas são  expressas nos seus trabalhos, tendo como impulso a observação do cotidiano, hábitos culturais e o olhar estético em relação às comunidades e seus costumes. Seu processo de criação está entrelaçado  a sua vivência em vilas e favelas, no contexto histórico social das periferias e a cultura mineira. Isso faz parte da sua identidade artística e o inspira como pessoa.

Hely usa técnicas do Graffiti com nuances do realismo renascentista. Adepto a tinta spray, 100% do seu trabalho é feito através desse recurso.  Mas não está satisfeito com o custo do material “A minha dificuldade, acredito ser da maioria dos artistas urbanos, está relacionada a má qualidade e o alto custo dos materiais nacionais utilizados na arte urbana” confessou.

Nos momentos de inspiração ele não dispensa uma boa música. Com gosto eclético, afirma ouvir de tudo, mas tem preferência por  RAP, Black Music e Soul. No entanto, sua playlist é escolhida conforme a proposta do trabalho.

No cenário atual, o artista contou ter aprendido bastante com o trabalho de dois amigos que utilizam técnicas completamente diferentes para criar. ” Acompanho o Ed-mun com seu Graffiti 3D mágico e com quem aprendi muitas técnicas, e o Ataíde Miranda e seu trabalho impar com cores vivas e linhas vetorizadas”.Mas também admira outros artistas do cenário atual como o Jorit (Itália), Koka (México), Cope2 (NY) e Mr. Cenz (Inglaterra).

CONQUISTAS E SONHOS

Sua principal conquista é o respeito que adquiriu das pessoas.  “Tenho o privilégio de aprender com artistas que admiro e perceber que meu trabalho faz diferença nas comunidades onde atuo. Me sinto realizado com tudo isso”.

Ele sente que quando observam seu trabalho, as pessoas são tocadas pelo olhar “Muitas pessoas me perguntam sobre o olhar dos meus personagens. Por aí já vejo que consegui sensibilizar o apreciador do meu trabalho. Acredito que o olhar expressa muito do que uma pessoa está sentindo” disse.

A arte tem um importante instrumento de formação social, segundo ele. Já o Graffiti tem a particularidade de ser uma arte democrática e que “conversa” com as pessoas sem diferenciar classes sociais. Seu principal objetivo é incentivar a arte na periferia, valorizar o Graffiti como uma manifestação artística contemporânea de grande importância para o contexto social.

Hely Costa, deixou uma mensagem para nossos leitores, confira:

“Nunca deixe de acreditar em você mesmo e nos seus sonhos. Pratique o bem, procure estudar sobre tudo e guarde seu conhecimento no outro”.


Mais informações sobre Hely Costa :
Instagram : @artefavela
FacebookHely Costa

Fonte : arquivo pessoal do artista Hely Costa (instagram/facebook)

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