Conheça o artista Fábio Panone Lopes aka FLOP, é natural de Caxias do Sul – RS – Brasil, e nasceu em 13 de Novembro de 1985. Arquiteto e artista, dedica seu talento na criação vinculada ao design e a arte desde criança. Ele trabalha com o graffiti há quase 15 anos e já conquistou respeito e admiração em diferentes cidades e regiões do Brasil e do mundo. No exterior já realizou murais em Miami, Chicago, Houston, Saint Louis, San Antonio, Albuquerque, Las Vegas e Los Angeles e Hawaii nos Estados Unidos, Berlin, Frankfurt e Wiesbaden na Alemanha, Marselha, Paris, Perpignan e La Rochelle na França, Londres na Inglaterra, Atenas na Grécia, Porto em Portugal, Antwerpen e Leuven na Bélgica, Santiago do Chile no Chile, Amsterdam na Holanda, Milano e Roma na Itália. Pelas cidades brasileiras já teve diversas participações em eventos, entre as principais, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.
FLOP possui um traçado marcante. Da mistura de linhas expressivas da sua profissão de arquitetura, somadas a preenchimentos super coloridos da arte do graffiti, suas obras resultam em um estilo super diferenciado, com influencias dos movimentos que vão do Pop Art ao estilo Art Nouveau.
Caxias do Sul/RS/Brasil – Hawai/North Shore/USA
Não é a toa que seu estilo arrojado já ambientou empresas como Tramontina, Randon, Luna ALG, Moving, Casio Gshock East London em Londres, além de ambientes para a mostra de arquitetura Casa & Cia e Sala de Arquitetos. Também realizou dois Murais em um dos maiores teatros de danças do Reino Unido, o Sadler`s Wells Theatre em Londres, Inglaterra, para o espetáculo “Brasil, brasileiro! The summer sensation”, além de realizar um mural no Banco Central da Europa, em Frankfurt, Alemanha. No sul da França, customizou um carro de corrida de Drift, junto a marca francesa Eskis. Ilustrações e customizações para as empresas brasileiras como Kolosh, Di Corpo, Frama Indústria Gráfica Ltda, Festa Nacional da Uva, Red Bull, Keep Cooler, Concresul e Florense também integram o curriculum do artista, além de uma coleção assinada especial e limitada para a grife francesa Eskis Wear, de Marselha.
Porto Alegre/RS/Brasil
Veja nossa entrevista a Studio FLOP :
1 – Todo mundo que acompanha seu trabalho deve ter a curiosidade de como surgiu seu interesse pela arte, você pode contar pra gente ?
Bem, eu sempre gostei de desenhar, desde pequeno. Quanto eu estava na escola, fiz algumas pixações com amigos na época. Mas logo comecei a me interessar pelo graffiti ao ver os murais na cidade de São Paulo. A família da minha mãe é toda de lá, e a cada ida para visitar os familiares eu ficava conferindo a cena da capital e das cidades do interior…Pensava eu, um dia também quero fazer isso!
2 – Quem ou quais circunstâncias te levaram a investir na arte como uma carreira a ser seguida ?
Bem, eu nunca fiz graffiti com interesse em ter a arte como carreira…O investimento meu na arte era para passar o final de semana pintando e dando risada com amigos. Era um hobby mesmo…Amor a arte…Sempre fiz graffiti porque gosto de fazer. Aí as pessoas começaram a gostar, Começou a surgir o interesse de lojas e marcas em ter minha arte assinada em seus produtos. Desde então a coisa ficou “séria”, e tem se tornado cada dia mais uma carreira de fato.
Foto: Original Foco em Sao Paulo/SP/Brasil
3 – Quais foram os maiores desafios e dificuldades como artista ?
Desafios é o que temos quando começamos.Dificuldade para manusear o spray, aprender com o dia a dia coisas básicas de como não deixar escorrer, traços finos, enfim, aquela velha história que todos que começam querem saber como se faz! E a maior dificuldade talvez tenha sido encarar o pré-conceito com a arte de rua, ainda mais para quem vem do interior do Rio Grande do Sul. As pessoas não tinham nenhuma informação do que era graffiti aqui em minha cidade quando eu comecei. Caxias do Sul, terra de imigrantes Italianos e Alemães. Foi complicado, mas com o tempo (passaram 15 anos já desde meus primeiros rabiscos pelas ruas) a cidade acolheu muito bem, e o pré-conceito hoje é passado. As pessoas gostam muito e recebem muito bem meus murais.
4 – Como foi a definição do estilo que você gostaria de trabalhar ?
Bem, é complicado falar sobre estilo né? Eu ainda não sei como surgiu, o estilo surge aos poucos. Eu já pintei de diversas formas no passado, fiz muito Trow up, 3d, Wild Style, e com o tempo fui adquirindo um estilo totalmente adverso. Não sei explicar como foi, mas foi de forma natural, hoje eu pinto o que eu gosto. Gosto de usar muitas cores, e linhas pretas e orgânicas para emoldurar e contrastar com o colorido e com as cidades cinzas.
Canvas – Roma/Itália
5 – De onde vem seu sopro de inspiração ?
Eu creio que o estilo que tenho hoje, é uma união dos estilos pop art e art nouveau. Estudei muito isso na época da faculdade quando cursei Arquitetura, as linhas expressivas, acredito que venham do croqui rápido que faço quando esboço alguma ideia. E quanto aos desenhos, eu trabalho com qualquer tema, porém, tenho focado muito na fauna e na flora brasileira e em temas nativos, indígenas…etc.
6 – Quais artistas do cenário atual você admira ?
Vixe! São muitos! Sou um admirador eterno da arte e dos artistas urbanos. Talvez Banksy, Obey e os Gêmeos sejam os artistas que mais me instigam, pela maneira que eles usam da arte para fazer sátira com a atualidade, sempre. Sou fã!
Florianópolis/SC/Brail (Skate) – Paris/França (Monalisa Indígena)
7 – Quais cores não podem faltar no seu trabalho ?
Todas… ehehehe…Pra mim a pior coisa é escolher a cor… todas são f#d4!
8 – O que você ainda sonha em realizar com a sua arte ?
Seguir tendo condições de viajar bastante através da arte que eu faço, e poder pintar mais murais ao redor do mundo.
Barcelona/Espanha
9 – Quais foram as coisas boas, que a sua arte te trouxe ?
A arte é meu estilo de vida hoje. Tenho grandes amigos por causa da arte, tenho um conhecimento cultural muito grande perto do que tinha antes, pois viajo muito para fazer graffiti. E mais que isso, sempre que posso faço uma atividade social com a arte, vou a alguma periferia ou a alguma escola pública e ensino as crianças o que eu faço. Talvez seja a coisa mais gratificante receber os sorrisos de agradecimento de uma comunidade e de professores quando eu faço esse tipo de atividade…É inspirador!
10 – Se você não fosse artista, qual séria o plano b ?
Arquiteto…Estudei e hoje sou formado, tenho conciliado as duas profissões hoje. A arte tem me levado mais longe, mas nunca deixo de atuar no escritório quando estou em minha cidade.
Serie Canvas : Houton/Texas (Hue Mural Festival) – Bob Marley entregue a Família Marley – Porto Alegre/RS (Obra Beleza)
11 – Alguns artistas curtem ouvir músicas durante o processo criativo, com você funciona da mesma forma ? E na sua playlist o que não pode faltar ?
Curto muito ! Rap Nacional, Hip Hop, Rock e Reggae. As vezes um samba cai bem também ! Se eu for citar nomes certamente irá faltar.
12 – Deixe uma mensagem para os nossos leitores.
Deixem de lado a vida virtual… Saiam das redes sociais e vivam o REAL. A vida está aqui fora. Seja pra quem pinta, seja para quem trabalha em qualquer profissão. A internet é apenas um veículo de comunicação. Um panfleto para divulgarmos o que fazemos aqui fora sem ter que imprimir em uma folha de papel. Um meio de lermos matérias interessantes como as que vocês da Arte sem Fronteiras fazem diariamente. Mas depois de postar algo ou ler alguma matéria, a vida segue aqui fora! 😉
Londres/Inglaterra
Mais informações sobreFábio Panone (Studio FLOP) :
FaceBook: Studio FLOP
Instagram : @studioflop
Site : http://www.studioflop.com
Veja outros murais de Studio Flop :
Flop em Pipeline/Hawaii
Mural das Borboletas em Houston/Texas/USA
Flop e Dread em Miami, Wynwood Walls
Mural das Mascaras em Houston/Texas/USA
Paris/França
Londres/Inglaterra
Miami Wynwood Walls
Londres/Inglaterra
Houston/Texas/USA
Flop e Garu em Miami Wynwood Walls
Caxias do Sul/RS/Brasil
Porto Alegre/RS/Brasil
Flop e Agape
Flop / Same RZM / Marte N1
Flop / Bater / Kueia
Flop em Street Of Styles Brasil
Fonte : Studio Flop