Conheça o artista visual Fernando “Garu”

Desde muito cedo Fernando Garroux despertou seu interesse pelo desenho. Suas melhores notas eram na aula de artes, quando ele tinha a oportunidade de pintar e esculpir. Autodidata começou a pintar sozinho no ano de 2002 em Agudos, cidade de São Paulo com cerca de trinta e seis mil habitantes. Como Agudos era uma cidade pequena, teve dificuldade em aprender a grafitar por morar em um lugar onde ninguém praticava o grafite. Mas mesmo sem nenhum tipo de incentivo e com material de baixa qualidade, Garroux teve força de vontade e foi evoluindo durante os anos. Apesar de ardoroso, seu processo de crescimento enquanto artista moldou seu estilo, segundo ele essa solidão lhe ajudou a encontrar o que queria fazer.

Suas obras tem referências do Wildstyle, uma forma complicada e complexa de grafite, normalmente esse estilo incorpora letras e formas entrelaçadas e sobrepostas. “Faço o desenho o mais fluído possível, gosto muito do movimento das letras do grafite, isso me inspira muito” disse ele.

Sua inspiração vem da natureza selvagem, a maioria de seus desenhos é composto por animais,  plantas e aves, Fernando gosta da leveza das aves e das cores que podem ser utilizadas para a criação. “Você pode perceber que quanto mais longe de uma cidade grande o animal  está, mais colorido e bonito ele é, tento buscar eles de volta através da pintura, a ideia é essa” completou.

Sua técnica é simples, na rua ele costuma usar spray. Na tela usa tinta acrílica, spray e pincel. Segundo ele o  pincel atende melhor o que precisa para pintar. Como já praticava desde pequeno a pintura em tela não teve grandes dificuldades.

Seu processo de criação começa com uma extensa pesquisa por fotos, as imagens precisam estar no movimento e nas cores que deseja. Na maioria das vezes ele mistura formas e cores de vários animais, por isso que seu trabalho normalmente é bastante colorido. “Crio um esboço digital, às vezes colorido, às vezes opto por criar na hora da execução da obra. O trabalho fica mais interessante quando você escolhe as cores enquanto está criando, não fica um trabalho mecânico” contou.

Apesar de já ter feito obras incríveis,  Fernando sente a desvalorização das pessoas com os artistas de grafite. “O grafite está em evidência hoje, mas a falta de respeito pelos artistas é muito grande” contou. Hoje ele concilia seu trabalho nas ruas com o design gráfico e ilustração.

A arte lhe deu ferramentas para alcançar coisas que antes ele nem imaginava conseguir e ele nunca imaginou fazer outra coisa da vida além de criar. Não há satisfação maior para um artista ver o sorriso de satisfação do expectador do seu trabalho, ou de ouvir de um aprendiz que suas obras é motivo de inspiração. E Fernando é procurado nas suas redes sociais por pessoas que confessam terem começado a grafitar influenciados por sua arte. “Eu já alcancei algumas coisas demais, não sonho, só agradeço  as pessoas que acreditam no meu trabalho. Sou muito grato por isso” confessou.

Garroux deixou um recado para nossos leitores, confira:

“Gostaria de agradecer ao ASF pela oportunidade de contar um pouco sobre a minha história. Espero que de alguma forma os leitores tirem algo de positivo ao ler essa entrevista. Admiradores, amigos e clientes, vocês são essenciais para que eu siga em frente, muito obrigado”.


Mais informações sobre Fernando Garroux :
Instagram : @fgaru
FacebookFernando Garroux “Garu”
Flickrflickr.com/photos/garuart

Fonte : Arquivo pessoal Facebook/Instagram

Fonte : Fernando Garrouc “Garu”

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Um Comentário
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